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A história gira em torno de um calígrafo profissional, chamado Seishu Handa, em busca do seu traço, daquilo que o diferencie dos demais calígrafos, pois durante a última exposição da qual participou, o curador da mesma criticou seu trabalho, dizendo não passar de uma cópia que não expressava sentimento algum. Handa, então, se enfurece e dá um soco no rosto do curador (um senhor bem velho, de bengala...). Então, para "fugir" um pouco de cena, ele vai para uma ilha, onde começa a ver a vida por outro lado, com a ajuda dos habitantes alegres, e um pouco excêntricos, do lugar.
Eu sempre tive muita curiosidade sobre essa tradição da caligrafia japonesa. E, agora, você também entenderá o motivo que faz os japoneses a respeitarem tanto! :)
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O engraçado é que foi justamente por causa do Shodo que o Hiragana foi criado: os kanjis deformados pelo artista originaram formas mais arredondadas e simples, que inspiraram a criação dessa nova maneira de escrita. Como o Hiragana é fonético, tem quantidade bem inferior aos kanjis, que possuem significados próprios. Só para ter uma idéia, existem mais de 10.000 kanjis em uso no Japão, porém, apenas metade disso é utilizado, no máximo.
A caligrafia tradicional japonesa se chama Shodô, que, em tradução literal, quer dizer Caminho da Escritura.
Sendo uma arte muito difícil de aperfeiçoar, ela é produzida com tinta preta à base de carvão, chamada sumi, pincel, suzuri (tinteiro), bunchin (peso de papel) e washi (papel de arroz). O interessante é que sendo uma tinta à base de carvão, o sumi é encontrado na forma sólida também, e é normalmente esse tipo que é o recomendado na arte tradicional, pois a preparação da mesma é vista como um momento de concentração, onde o artista busca a inspiração para compor sua arte.
A caligrafia é considerada uma metáfora da vida, pois não há retoques, esboços e correções, então, baseia-se propriamente no estado de espírito do praticante.
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